Aldeamentos missionários

Os aldeamentos missionários, também conhecidos como aldeamentos indígenas,[1] ou simplesmente aldeamentos, foram núcleos populacionais criados nas Américas portuguesa e espanhola por missionários religiosos, que contavam com o apoio das autoridades coloniais, tanto europeias quanto locais, que visavam reunir as populações indígenas em povoações estáveis que facilitassem a catequese dessa população, além da assimilação cultural dos valores dos colonizadores ibéricos, especialmente dos costumes, tradições, religião e idioma.[2] Esses missionários eram especiamente Jesuítas, através da Companhia de Jesus, Franciscanos e Capuchinhos.[3]

Aldeamentos indígenas no Brasil

Aldeamento Capitanias Missão Etnias Fundação Extinção
Aldeia de Nossa Senhora da Assunção de Macamamu[4] Ilhéus e Bahia Jesuítica Cariri 1561
Aldeia de São Miguel de Taperoguá[4] Bahia Tupinambá 1561 1683
Aldeia de São Lourenço[5][nota 1] Rio de Janeiro Jesuítica Temiminós 1568
Aldeia de São Barnabé[5] Rio de Janeiro Jesuítica Tupinambá 1579 1772
Aldeia de São Pedro do Cabo Frio[5][nota 2] Rio de Janeiro Jesuítica Tamoios 1617
Aldeia de São Francisco Xavier de Itaguaí[5][nota 3] Rio de Janeiro Jesuítica 1628
Aldeia de São Miguel de Sirinhaém[4] Ilhéus e Bahia Tupinambá
Paiaiás
1683
Aldeia da Santíssima Trindade de Massacará[4] Bahia Franciscana Cariris
Cimbres
1689
Aldeia de Nossa Senhora das Neves do Sahy[1][2] Bahia Franciscana Cariris
Cimbres
1697 1863
Aldeia de Nossa Senhora das Grotas do Juazeiro[1][2] Bahia Franciscana Tamaqueú 1706 1846
Aldeia de Tapócorá[7] Rio de Janeiro Tamoios

Notas e referências

Notas

  1. Também chamada de Aldeia de São Lourenço dos Índios, Aldeia de Geribiracica e Aldeia de Martim Afonso de Sousa[5]
  2. Também chamada de Aldeia de São Pedro dos Índios
  3. Também chamada de São Francisco Xavier de Itinga[6]

Referências

  1. a b c André de Almeida Rego (2016). «OS ALDEAMENTOS INDÍGENAS FUNDADOS NA BAHIA E CAPITANIAS VIZINHAS DURANTE O PERÍODO COLONIAL». Opará: Etnicidades, Movimentos Sociais e Educação. UNEB. Consultado em 1 de maio de 2023 
  2. a b c Marcos Antônio de Almeida (1999). «As missões franciscanas na Bahia Colonial: Juazeiro e Jacobina» (PDF). Índios do Nordeste: temas e problemas. Consultado em 1 de maio de 2023 
  3. FERNANDES 2003, p. 37-51.
  4. a b c d Lara de Melo dos Santos (2004). «Resistência Indígena e Escrava em Camamu no século XVII» (PDF). Dissertação (Mestrado em História) - UFBA. Consultado em 1 de maio de 2023 
  5. a b c d e UCHOA 2009, p. 9.
  6. «São Francisco Xavier de Itinga (Itaguaí) | Identidades do Rio». www.pensario.uff.br. Consultado em 23 de maio de 2024 
  7. FORTE 1937, p. 37.

Bibliografia

  • FERNANDES, Eunícia Barros Barcelos (31 de dezembro de 2003). «O movimento do aldeamento jesuítico de São Barnabé - Jogo entre culturas». PUCRS. Estudos Ibero-Americanos. Consultado em 22 de maio de 2024 
  • FORTE, José Matoso Maia (1937). «Vilas fluminenses desaparecidas» (PDF). Revista da Sociedade de Geografia do Rio de Janeiro. Consultado em 27 de abril de 2024 
  • MEDEIROS, Ricardo Pinto de. «Política indigenista do período pombalino e seus reflexos nas capitanias do norte da América portuguesa» (PDF). PUCRS. Instituto Camões. Consultado em 22 de maio de 2024 
  • LEITÃO, Ana Rita Bernardo (2012). Problemática assistencial, sociocultural e educativa nas aldeias e missões do Real Colégio de Olinda (séculos XVII e XVIII) : contributos para a história indígena e do ensino do português no Brasil (Tese de Doutoramento). Lisboa: Universidade de Lisboa. Consultado em 22 de maio de 2024 
  • UCHOA, Lívia (2009). A Companhia de Jesus e os índios na capitania do Rio de Janeiro: séculos XVI, XVII e XVIII (PDF) (Tese de Programa de Iniciação Científica). Rio de Janeiro: Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Consultado em 27 de abril de 2024