Cemitério medieval das Barreiras
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País | ![]() |
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Localização | |
Estatuto patrimonial | sem protecção legal (d) ![]() |
Coordenadas | 41° 30′ 40″ N, 8° 46′ 35″ O ![]() |
![Mapa](https://maps.wikimedia.org/img/osm-intl,13,41.511192321777,-8.7763423919678,270x270.png?lang=pt&domain=pt.wikipedia.org&title=Cemit%C3%A9rio_medieval_das_Barreiras&revid=67039113&groups=_308509a2e9b70562fd3445b4e8b7188a780641a1)
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O Cemitério medieval das Barreiras, situado no lugar das Barreiras, na antiga Freguesia de Fão, no Município de Esposende, é um dos exemplares mais importantes do conjunto de cemitérios pertencentes à Idade Média europeia. Escavado desde 1989, revelam-se uma série de sepulturas feitas com pedras avulsas, com tampa. Pelo tamanho das sepulturas e pelos restos de ossos analisados pode-se identificar a idade, sexo e o estado de saúde das pessoas que ali foram enterradas.
De uma cronologia que remonta ao séc. XI à entrada da Peste Negra em Portugal (Século XIV), foram exumados cerca de quase duas centenas de ossadas. Com o advento de modificações climatéricas ocorridas nesse período o cemitério das Barreiras foi coberto pelas dunas e as gentes que por ali habitaram foram deslocadas mais para o interior e para a margem norte do rio Cávado.
As sepulturas apresentam-se orientadas à regra mediévica: cabeça para ocidente e pés para oriente. Muitas vezes as sepulturas eram reaproveitadas, vendo-se em algumas 4 enterramentos. Os sepultamentos eram feitos sem caixão e o corpo deveria estar envolto numa mortalha, em posição decúbito supino. Algumas sepulturas apresentam-se em forma antropomorfa e existem algumas, não raras, imobilizações para a cabeça do defunto, usando pedras ou até mesmo telhas para tal.
Posteriormente ao depósito do morto no interior da sepultura, esta era cheia com terra e depois colocada a tampa e novamente coberta com terra. À cabeceira, ficaria uma pedra mais elevada, a servir de estela ou indicação da localização do sepultamento. Foram encontradas algumas moedas da primeira dinastia (Dinastia de Borgonha ou Afonsina), escórias de ferro e muita cerâmica da época.
Bibliografia
- CUNHA, E.; Araújo, T.; Marrafa, C.; Santos, A.; Silva, A.M. (1990/92). Paleodemografia da população medieval de Fão: resultados preliminares, Boletim Cultural de Esposende, vol. 17, Câmara Municipal de Esposende, Esposende, 1990-1992, pp. 127–136.
- CUNHA, E.; Araújo, T.; Marrafa, C.; Santos, A.; Silva, A.M. (1992). Paléodémographie de la population médiévale portugaise de Fão: Résultats préliminaire. Rivista di Antropologia, vol. 70, pp. 237–245.
- CUNHA, E.,Paleobiologia das populações medievais portuguesas. Os casos de Fão e S. João de Almedina, Dissertação de Doutoramento apresentada para a obtenção do grau de Doutor em Antropologia, apresentado à Faculdade de Ciências e Tecnologia da universidade de Coimbra, Coimbra, 1994.
- ALMEIDA, Carlos Alberto Brochado de, Carta arqueológica do concelho de Esposende, Boletim Cultural de Esposende, vol. 13/14, Câmara Municipal de Esposende, Esposende, 1988, pp. 26–32.
- ALMEIDA, Carlos Alberto Brochado de, et al., Necrópole Medieval das Barreiras - Fão, Boletim Cultural de Esposende, vol. 17, Câmara Municipal de Esposende, Esposende, 1990-92, pp. 111–126.
Ligações externas
- Cemitério das Barreiras - Fão na base de dados Portal do Arqueólogo da Direção-Geral do Património Cultural
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