Diogo Fernandes de Oviedo

Diogo Fernandes
Conde em Oviedo
Período Fl. 1020-1046
Consorte Elvira Ovéquiz
Cristina (?) Gundemares
Morte 1046
Casa Flaínez
Pai Fernando Flaínez II
Mãe Elvira Pais

Diogo Fernandes (em castelhano: Diego Fernández; fl. 1020 -c. 1046) foi um membro da mais alta nobreza dos reinos de Reino de Astúrias e Leão. Filho do Fernando Flaínez, conde em Leão, e de Elvira Pais — filha do conde Paio Rodrigues[1] — teve vários filhos, incluindo a lo, a esposa de Rodrigo Dias de Vivar O Cid. Por seu bisavô, Fernando Bermudes, era parente próximo dos reis Fernando I de Leão e Sancho Garcês III de Pamplona. [2]

Figura na documentação com a dignidade condal desde muito jovem e foi um membro proeminente da cúria régia.

Matrimônios e descendência

O conde Diogo casou dois vezes.[3] Com sua primeira esposa, Elvira Ovéquiz, filha do conde Oveco Sanches e a condessa Elo, teve duas filhas:

  • Onneca Mayor Dias, esposa de Gundemaro Iohannes (Eannes) [4] Em 1046, ambos, como executores do testamento dos condes Diogo e Elvira, fez uma doação da Villa de Arabe para a Catedral de Oviedo.
  • Aurovita Dias, casada com Munio Godesteis. [a] Seu marido Munio é mencionado no Cantar de Mio Cid e provavelmente é o Muño Gustioz [5] que lutou ao lado do Cid e acompanhou a Jimena em sua viuvez.[6]

Seu segundo casamento foi com uma dama da linhagem Gundemaris, possivelmente chamada Cristina, filha de Fernando Gundemaris — filho de Gundemaro Piniolis e Muniadona — e Muniadona Ordonhes de quem teve a:[7]

  • Rodrigo Dias, conde em Astúrias. De acordo com o registro do Mosteiro de Corias em Astúrias, sua esposa pode ser uma Gontrodo com quem teve a Sancha e a Maior Rodrigues. [8][9]
  • Fernando Dias,[10] conde em Astúrias depois da morte de suo irmão, foi um dos sete condes que morreu na Batalha de Uclés em 1108. Fernando casou dois vezes: a primeira vez com Goto Gonçalves, filha do conde Gonçalo Salvadores e Elvira Dias, de quem não teve descendência.[b] . Sua segunda esposa, com quem teve seis filhos, foi Enderquina Munhoz, filha do conde Munio Gonçalves.[11]
  • Jimena Dias, a esposa de Rodrigo Díaz de Vivar, O Cid.

Notas


[a] ^ Em 4 dezembro de 1083, no Mosteiro de São Vicente de Oviedo, o conde Rodrigo e suo irmão Fernando Dias, fez uma doação de suas partilhas em Logicum Sancti Petri para a redenção de suas almas e indican que uma das partes tinha adquirido sua irmã Aurovita por carta de dote de seu marido Munio Godesteis.


[b] ^ Em 21 de julo de 1087, no Mosteiro de São Salvador de Oña Fernando como o executor do testamento de sua difunta esposa, doou ao mosteiro os bens que Godo herdou de suo tio Álvaro Salvadores em Hermosilla.


[c] ^ A carta de dote do conde Fernando Dias a favor da condessa Enderquina, filha do nobre Munio Gonçalves no Mosteiro de São Pelágio, em 17 de abril de 1097.

Referências

Bibliografia

  • Montaner Frutos, Alberto (2011a). Cantar de mio Cid; Ed. lit., estudios y notas (em espanhol). Barcelona: Galaxia Gutemberg; Real Academia Española. ISBN 978-84-8109-908-9 
  • Montaner Frutos, Alberto (2011b). «La Historia Roderici y el archivo cidiano: Cuestiones filológics, diplomáticas, e historiográficas». e-Legal History Review (em espanhol). 12. ISSN 1676-5818 
  • Pérez, Mariel (2009). «Estrategias de alianza y reproducción social en la aristocracia medieval leonesa: Los Flaínez (siglos X-XI)» (PDF). Mirabilia: Revista Eletrônica de História Antiga e Medieval (em espanhol) (9): 89-107. ISSN 1676-5818 
  • Sánchez de Mora, Antonio (2003). «La nobleza castellana en la plena Edad Media: el linaje de Lara. Tesis doctoral. Universidad de Sevilla» (em espanhol) 
  • Torres Sevilla-Quiñones de León, Margarita (2000–2002). «El Linaje del Cid» (PDF). Murcia. Historia Medieval: Anales de la Universidad de Alicante, Departamento de Historia Medieval (em espanhol) (13). ISSN 0212-2480 
  • Torres Sevilla-Quiñones de León, Margarita (1999). Linajes nobiliarios de León y Castilla (em espanhol). Salamanca: Junta de Castilla y León. ISBN 84-7846-781-5