Ernesto de Vilhena

Ernesto de Vilhena
Ernesto de Vilhena
Ernesto de Vilhena.
Nascimento 4 de junho de 1876
Morte 14 de fevereiro de 1967
Cidadania Portugal, Reino de Portugal
Ocupação servidor público
Prêmios
  • Comendador da Ordem Militar de Avis
  • Comendador da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada
  • Grã-Cruz da Ordem do Império
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Ernesto Jardim de Vilhena ComAComSEGCIC (Ferreira do Alentejo, Ferreira do Alentejo, 4 de Junho de 1876 – Lisboa, 14 de Fevereiro de 1967) foi um militar, político, administrador e colecionador de arte português.

Biografia

Filho de Júlio Marques de Vilhena, primo em segundo grau do 1.º Visconde de Ferreira do Alentejo, e de sua mulher Maria da Piedade Leite Pereira Jardim, irmã do 1.º Conde de Valenças e filha do 1.º Visconde de Monte São.[1]

Capitão-tenente oficial da Armada, 15.º Ministro das Colónias de 25 de Abril a 10 de Dezembro de 1917 e Ministro dos Negócios Estrangeiros interino de 19 de Novembro a 10 de Dezembro de 1917 pelo Partido Democrático no 14.º governo republicado, chefiado por Afonso Costa, e deposto pela Junta Revolucionária de 1917 encabeçada por Sidónio Pais. Foi fundador e presidente da Companhia de Diamantes de Angola, até a 8 Agosto 1966, notável colecionador de arte, comendador da Ordem Militar de São Bento de Avis a 11 de Março de 1919, Comendador da Antiga, Nobilíssima e Esclarecida Ordem Militar de Sant'Iago da Espada, do Mérito Científico, Literário e Artístico e Grã-Cruz da Ordem do Império Colonial, a 27 de Novembro de 1944, Grande-Oficial da Ordem de Leopoldo I da Bélgica, oficial da Ordem da Estrela de Anjouan das Comores, etc.[1][2]

Casou em Lisboa com Maria Amélia Queriol de Vasconcelos Porto (20 de Novembro de 1884 — Lisboa, 13 de Janeiro de 1978), filha mais velha de Nuno António Coelho de Vasconcelos Porto (Horta, Matriz, 23 de Julho de 1858 — ?), médico formado pela Escola Médica de Lisboa, médico da Casa Real e dos Hospitais, e de sua mulher (Lisboa, Santa Engrácia, 25 de Novembro de 1882) Rosa de Freitas Queriol (31 de Janeiro de 1859 — ?), de ascendência italiana,[1] da qual teve um único filho:

  • Júlio Manuel Porto de Vilhena (Lisboa, Anjos, 15 de Julho de 1908 — Lisboa, 9 de Maio de 1969)

Foi iniciado na Maçonaria.[3]

Coleção de arte

Na sua casa de Lisboa, com 50 divisões, guardava uma coleção de arte com 65 mil objetos, incluindo 9639 azulejos, 837 cerâmicas, 3443 têxteis, 2419 esculturas, 2065 vidros, 1059 metais, 1039 móveis, 530 marfins, 629 pratas, 236 pinturas, 191 cruzes, 182 leques além de 2574 livros antigos. Dos 65 mil objetos, 48 mil estão atualmente no Museu Nacional de Arte Antiga.

Referências

  1. a b c Manuel de Mello Correia, António Luís Cansado de Carvalho de Matos e Silva e António da Costa de Albuquerque de Sousa Lara, 2.º Conde de Guedes (1985). Anuário da Nobreza de Portugal. [S.l.]: Instituto Português de Heráldica. pp. Tomo II. 1082  !CS1 manut: Nomes múltiplos: lista de autores (link)
  2. «Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "Ernesto Jardim de Vilhena". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 26 de novembro de 2014 
  3. Oliveira Marques, António Henrique Rodrigo de (1985). Dicionário de Maçonaria Portuguesa. [S.l.: s.n.] pp. Volume II. Lisboa: [s.n.] p. 13 

Precedido por
António José de Almeida
Ministro das Colónias
1917
(XIV Governo Republicano)
Sucedido por
Junta Revolucionária
(interina)
João Tamagnini Barbosa
(efetivo)
Precedido por
Augusto Vieira Soares
Ministro dos Negócios Estrangeiros
1917
(XIV Governo Republicano)
(interino)
Sucedido por
Junta Revolucionária
(interina)
Sidónio Pais
(efetivo)
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Celestino de Almeida José de Freitas Ribeiro António Macieira (interino) Joaquim Cerveira de Albuquerque Artur de Almeida Ribeiro Alfredo Augusto Lisboa de Lima Alfredo Rodrigues Gaspar Joaquim Pimenta de Castro (interino) Teófilo da Trindade José Maria Teixeira Guimarães Junta Constitucional José Jorge Pereira José Maria Norton de Matos Alfredo Rodrigues Gaspar (2.ª vez) António José de Almeida Afonso Costa (interino) • António José de Almeida (continuação) Ernesto de Vilhena • Junta Revolucionária João Tamagnini Barbosa Alexandre de Vasconcelos e Sá Alfredo Baptista Coelho José Carlos da Maia Domingos Pereira (interino) João Soares Alfredo Rodrigues Gaspar (3.ª vez) Alfredo de Sá Cardoso (interino) Álvaro de Castro José Barbosa (não empossado) Jorge de Vasconcelos Nunes (não empossado; interino) Álvaro de Castro (reconduzido) Celestino de Almeida (interino) José Barbosa Fernando de Utra Machado Vasco Guedes de Vasconcelos Manuel Ferreira da Rocha • Jaime de Sousa António de Paiva Gomes Tomé de Barros Queirós Celestino de Almeida (2.ª vez) Manuel Ferreira da Rocha (2.ª vez) Carlos Maia Pinto (não empossado) José Eduardo de Carvalho Crato (não empossado) Manuel Maria Coelho Carlos Maia Pinto Tomás Fernandes Francisco Rego Chaves Alfredo Rodrigues Gaspar (4.ª vez) António Vicente Ferreira Álvaro de Castro (2.ª vez) Mariano Martins Álvaro Bulhão Pato Carlos de Vasconcelos António de Paiva Gomes (não empossado) Henrique Paço d'Arcos Filémon Duarte de Almeida Isidoro Pereira Leite Domingos Pereira (interino) Ernesto Vieira da Rocha

Bandeira ministerial portuguesa
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Segunda República »
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Bernardino Machado João Chagas (interino) Augusto de Vasconcelos António Vicente Ferreira (interino) Augusto de Vasconcelos (continuação) António Macieira Afonso Costa (interino) António Macieira (continuação) Bernardino Machado (2.ª vez; interino) Alfredo Augusto Freire de Andrade Augusto Vieira Soares • Joaquim Pimenta de Castro (interino) José Jerónimo Rodrigues Monteiro Teófilo da Trindade José Xavier de Brito (interino) Teófilo da Trindade (continuação) Junta Constitucional Augusto Alves da Veiga (não empossado) Francisco Teixeira de Queirós Augusto Vieira Soares (2.ª vez) José Maria Norton de Matos (interino) Augusto Vieira Soares (2.ª vez; continuação) José Maria Norton de Matos (interino) Augusto Vieira Soares (2.ª vez; continuação) Alexandre Braga (interino) Augusto Vieira Soares (2.ª vez; continuação) Ernesto de Vilhena (interino) Junta Revolucionária Sidónio Pais Francisco Xavier Esteves (interino) Joaquim do Espírito Santo Lima • António Egas Moniz João do Canto e Castro (interino) António Egas Moniz (continuação) João Alberto de Azevedo Neves (interino) Francisco Couceiro da Costa (interino) José Relvas (interino) Francisco Couceiro da Costa (interino; continuação) Rodolfo Xavier da Silva Alfredo de Sá Cardoso (interino) João de Melo Barreto Francisco Fernandes Costa (não empossado; interino) João de Melo Barreto (reconduzido) Rodolfo Xavier da Silva (2.ª vez) Vasco Borges (interino) Rodolfo Xavier da Silva (2.ª vez cont.) Francisco António Correia • João de Melo Barreto (2.ª vez) Hélder Ribeiro (interino) João de Melo Barreto (2.ª vez; continuação) Domingos Pereira João de Melo Barreto (3.ª vez) António Ginestal Machado (interino) Alberto da Veiga Simões Júlio Dantas José Maria Barbosa de Magalhães Vítor Hugo de Azevedo Coutinho (interino) José Maria Barbosa de Magalhães (continuação) Vítor Hugo de Azevedo Coutinho (interino) José Maria Barbosa de Magalhães (continuação) Domingos Pereira (2.ª vez) Júlio Dantas (2.ª vez) Domingos Pereira (3.ª vez) Vitorino Henriques Godinho João de Barros • Joaquim Pedro Martins Albano Portugal Durão António do Lago Cerqueira (interino) Vasco Borges (2.ª vez)

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14.º governo republicano (1917)
Presidente do Ministério
Afonso Costa José Norton de Matos interino Afonso Costa continuação José Norton de Matos interino
Afonso Costa, 65.º chefe de governo de Portugal
Ministros
Interior
Justiça e dos Cultos
Finanças
Guerra
Marinha
Negócios Estrangeiros
Augusto Vieira Soares • Alexandre Braga interino Augusto Vieira Soares continuação Ernesto de Vilhena interino
Fomento / Comércio
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