Ferreira Gullar

Ferreira Gullar
OMC
Ferreira Gullar
Ferreira Gullar no Fronteiras do Pensamento, São Paulo, 2015
Nome completo José Ribamar Ferreira
Nascimento 10 de setembro de 1930
São Luís, MA
Morte 4 de dezembro de 2016 (86 anos)
Rio de Janeiro, RJ
Nacionalidade Brasileiro
Progenitores Mãe: Alzira Goulart
Pai: Newton Ferreira
Ocupação Poeta, crítico de arte, biógrafo, tradutor, memorialista e ensaísta
Prêmios Prémio da Associação Paulista dos Críticos de Arte (1976)

Prémio Machado de Assis (2005)
Prêmio Camões (2010)
Prêmio ABL de Literatura Infantojuvenil (2011)
Grã-Cruz da Ordem do Mérito Cultural (2016)

Magnum opus Poema Sujo (1976)
Assinatura

Ferreira Gullar, pseudônimo de José Ribamar Ferreira (São Luís, 10 de setembro de 1930Rio de Janeiro, 4 de dezembro de 2016[1]), foi um escritor, poeta, crítico de arte, biógrafo, tradutor, memorialista e ensaísta brasileiro e um dos fundadores do neoconcretismo.[2] Foi o postulante da cadeira 37 da Academia Brasileira de Letras, na vaga deixada por Ivan Junqueira,[3][4] da qual tomou posse em 5 de dezembro de 2014.[5]

Gullar foi reverenciado pelos maiores poetas e escritores brasileiros de sua geração. Vinícius de Moraes disse que seu Poema Sujo foi “o mais importante poema escrito no Brasil (e não só no Brasil) nos últimos dez anos, pelo menos. De acordo com Sérgio Buarque de Holanda, Gullar foi “o nosso único poeta maior dos tempos de hoje”, no qual “a voz pública não se separa em momento algum do seu toque íntimo [...], das recordações da infância numa cidade azul, evocada no meio de triste exílio portenho”, sendo que “para a singularidade e importância da sua contribuição, só encontro de comparável, no Brasil, a prosa de Guimarães Rosa”.[6]

Biografia

Em 1970

Ferreira Gullar nasceu em São Luís, em 10 de setembro de 1930, com o nome de José Ribamar Ferreira. É um dos onze filhos do casal Newton Ferreira e Alzira Ribeiro Goulart.[2]

Sobre o pseudônimo, o poeta declarou o seguinte: "Gullar é um dos sobrenomes de minha mãe, o nome dela é Alzira Ribeiro Goulart, e Ferreira é o sobrenome da família, eu então me chamo José Ribamar Ferreira; mas como todo mundo no Maranhão é Ribamar, eu decidi mudar meu nome e fiz isso, usei o Ferreira que é do meu pai e o Gullar que é de minha mãe, só que eu mudei a grafia porque o Gullar de minha mãe é o Goulart francês; é um nome inventado, como a vida é inventada eu inventei o meu nome".[7]

Segundo Mauricio Vaitsman, ao lado de Bandeira Tribuzi, Lucy Teixeira, Lago Burnett, José Bento, José Sarney e outros escritores, fez parte de um movimento literário difundido através da revista que lançou o pós-modernismo no Maranhão, A Ilha, da qual foi um dos fundadores. Até sua morte, muitos o consideravam o maior poeta vivo do Brasil e não seria exagero dizer que, durante suas seis décadas de produção artística, Ferreira Gullar passou por todos os acontecimentos mais importantes da poesia brasileira e participou deles.[8]

Morando no Rio de Janeiro, participou do movimento da poesia concreta, sendo então um poeta extremamente inovador, escrevendo seus poemas, por exemplo, em placas de madeira, gravando-os.[2]

Em 1956 participou da exposição concretista que é considerada o marco oficial do início da poesia concreta, tendo se afastado desta em 1959, criando, junto com Lígia Clark e Hélio Oiticica, o neoconcretismo, que valoriza a expressão e a subjetividade em oposição ao concretismo ortodoxo.[2] Posteriormente, ainda no início dos anos de 1960, se afastará deste grupo também, por concluir que o movimento levaria ao abandono do vínculo entre a palavra e a poesia, passando a produzir uma poesia engajada e envolvendo-se com os Centros Populares de Cultura (CPCs).[9]

Em 2014, ele foi considerado um imortal na Academia Brasileira de Letras, passando a ocupar a cadeira de número trinta e sete antes ocupada por Ivan Junqueira.[5][10][11]

Ferreira Gullar morreu em 4 de dezembro de 2016, na cidade do Rio de Janeiro em decorrência de vários problemas respiratórios que culminaram em uma pneumonia.[12] O velório do escritor foi realizado inicialmente na Biblioteca Nacional,[13] pois esse era um desejo de Gullar. Dali, o corpo foi levado em um cortejo fúnebre até a Academia Brasileira de Letras[14] no Rio de Janeiro. Uma semana antes de morrer, Ferreira Gullar pediu à filha Luciana para que o levasse até a Praia de Ipanema.[13] O enterro foi no Cemitério de São João Batista em Botafogo no Rio.

Neoconcretismo

Ver artigo principal: neoconcretismo

Ferreira Gullar escreveu o Manifesto Neo-Concreto em 1959 e descreveu uma obra de arte como “algo que representa mais do que a soma de seus elementos constituintes; algo cuja análise pode se decompor em vários elementos, mas que só pode ser compreendido fenomenologicamente ”.[15] Em contraste com o concretismo, Gullar clamava por uma arte que não fosse baseada no racionalismo ou na busca da forma pura. Ele procurou obras de arte que se tornaram ativas assim que o espectador estava envolvido. A arte neoconcreta deve desmontar as limitações do objeto e “expressar realidades humanas complexas”.[15]

Enquanto o concretismo construía sua arte com base na lógica e no conhecimento objetivo com cor, espaço e forma transmitindo universalismo e objetividade, os artistas neoconcretos viam as cores, o espaço e a forma como “não [pertencentes] a esta ou aquela linguagem artística, mas para a experiência viva e indeterminada do homem”. Embora a arte neoconcreta ainda mantivesse o concretismo como base para suas idéias, os neoconcretistas acreditavam que a objetividade e os princípios matemáticos por si só não poderiam cumprir o objetivo concretista de criar uma linguagem visual transcendental.[15]

Militância e posições políticas

Em 1957

Ferreira Gullar foi militante do Partido Comunista Brasileiro (PCB) e, exilado pela ditadura militar, viveu na União Soviética, na Argentina e Chile.[16][17] Ele comentou que "bacharelou em subversão" em Moscou durante o seu exílio, mas que ao longo do tempo e devido a certos fatos históricos, se desiludiu do socialismo, sustentando em 2014 que o socialismo não fazia mais sentido, pois fracassou.[18]

(...) toda sociedade é, por definição, conservadora, uma vez que, sem princípios e valores estabelecidos, seria impossível o convívio social. Uma comunidade cujos princípios e normas mudassem a cada dia seria caótica e, por isso mesmo, inviável.
 
Ferreira Gullar[19].

Nas eleições presidenciais de 2014, no primeiro turno Gullar defendeu voto em Marina Silva (PSB), e no segundo turno declarou voto em Aécio Neves (PSDB), tecendo críticas ao Partido dos Trabalhadores e ao Lulismo.[20][21][22] Em 2016, em entrevista ao jornal carioca O Globo, defendeu a saída da então presidente Dilma Rousseff da presidência.[23]

Academia Brasileira de Letras

Velório de Ferreira Gullar na Academia Brasileira de Letras

Ferreira Gullar foi postulante eleito da cadeira 37 na Academia Brasileira de Letras, tendo obtido na votação 36 dos 37 votos possíveis derrotando os outros candidatos: Ademir Barbosa Júnior, José Roberto Guedes de Oliveira e José William Vavruk em apenas 15 minutos, com uma abstenção que permanece anônima devido a queima das fichas após o resultado[24] da urna em 9 de outubro de 2014, tendo votado 19 acadêmicos por presença física e 18 por cartas.

A cadeira tem como patrono o poeta e inconfidente mineiro Tomás Antônio Gonzaga e foi ocupada anteriormente por personalidades como Silva Ramos, Alcântara Machado, Getúlio Vargas, Assis Chateubriand, João Cabral de Melo Neto e recentemente pelo ensaísta e curador Ivan Junqueira, amigo de Gullar.[25]

Sua posse era marcada para novembro, depois de várias recusas do escritor em convites anteriores.[26]

Em 5 de dezembro de 2014, Gullar tomou posse de sua cadeira, a número 37, na Academia Brasileira de Letras.[5]

Vida pessoal

Foi casado durantes anos com Theresa Aragão com quem viveu na rua Duvivier em Copacabana até o falecimento dela.[27] Casou-se posteriormente com a poeta gaúcha Claudia Ahinsa, com que viveu até a morte.[28] Em seu leito de morte, Gullar disse para a esposa "se me ama, me deixa ir em paz".[29][30] Foi sepultado no Mausoléu da Academia Brasileira de Letras no Cemitério de São João Batista (Rio de Janeiro).[31]

Gullar teve três filhos, Luciana, Marcos e Paulo.[32] Marcos e Paulo, foram diagnosticados com esquizofrenia, o que levou a falar abertamente sob os dilemas das doenças mentais e o despreparo muitas vezes por profissionais brasileiros para com a doença em colunas na Folha de S.Paulo.[33][34][35]

Prêmios e indicações

Ganhou o concurso de poesia promovido pelo Jornal de Letras com seu poema "O Galo" em 1950.[36] Os prêmios Molière, o Saci e outros prêmios do teatro em 1966 com Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come, que é considerada uma obra prima do teatro moderno brasileiro.[36]

Em 2002, foi indicado por nove professores dos Estados Unidos, do Brasil e de Portugal para o Prêmio Nobel de Literatura.[37] Em 2007, seu livro Resmungos ganhou o Prêmio Jabuti de melhor livro de ficção do ano.[38] O livro, editado pela Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, reúne crônicas de Gullar publicadas no jornal Folha de S. Paulo no ano de 2005.[39] Foi considerado pela Revista Época um dos 100 brasileiros mais influentes do ano de 2009.[40]

Foi agraciado com o Prêmio Camões em 2010.[41]

Em 15 de outubro de 2010, foi contemplado com o título de Doutor Honoris causa, na Faculdade de Letras da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).[42]

Na cidade de Imperatriz no interior do Maranhão, ganhou em sua homenagem o Teatro Ferreira Gullar.[43] No ano de 1999, é inaugurada em São Luís, capital do Maranhão, a Avenida Ferreira Gullar.[44][45]

Em 20 de outubro de 2011, ganhou o Prêmio Jabuti com o livro de poesia[46] Em Alguma Parte Alguma, que foi considerado "O Livro do Ano" de ficção.[47]

Em 2011, a obra Poema Sujo inspirou a vídeo instalação Há muitas noites na noite, dirigida por Silvio Tendler.[48] Em 2015, o poema inspirou uma série documental, também denominada: "Há muitas noites na noite", com sete episódios com 26 minutos cada, exibida na TV Brasil entre dezembro de 2015 e janeiro de 2016, também dirigida por Silvio Tendler.[49][50][51][52]

Bibliografia

Poesia
  • Um Pouco Acima do Chão, 1949
  • A Luta Corporal, 1954
  • Poemas, 1958
  • João Boa-Morte, Cabra Marcado para Morrer (cordel), 1962
  • Quem Matou Aparecida? (cordel), 1962
  • A Luta Corporal e Novos Poemas, 1966
  • História de um Valente, (cordel; na clandestinidade, como João Salgueiro), 1966
  • Por Você por Mim, 1968
  • Dentro da Noite Veloz, 1975
  • Poema Sujo, (onde se localiza a letra de Trenzinho do Caipira) 1976
  • Na Vertigem do Dia, 1980
  • Crime na Flora ou Ordem e Progresso, 1986
  • Barulhos, 1987
  • O Formigueiro, 1991
  • Muitas Vozes, 1999
  • Um Gato chamado Gatinho, 2005
  • Em Alguma Parte Alguma, 2010
Antologias
  • Antologia Poética, 1977
  • Toda poesia, 1980
  • Ferreira Gullar - seleção de Beth Brait, 1981
  • Os melhores poemas de Ferreira Gullar - seleção de Alfredo Bosi, 1983
  • Poemas escolhidos, 1989
Contos e crônicas
  • Gamação, 1996
  • Cidades inventadas, 1997
  • Resmungos, 2007
Teatro
  • Um rubi no umbigo, 1979
Crônicas
  • A estranha vida banal, 1989
  • O menino e o arco-íris, 2001
Memórias
  • Rabo de foguete - Os anos de exílio, 1998
Biografia
Literatura infantil
  • Zoologia bizarra, 2011
Ensaios
  • Teoria do não-objeto, 1959
  • Cultura posta em questão, 1965
  • Vanguarda e subdesenvolvimento, 1969
  • Augusto do Anjos ou Vida e morte nordestina, 1977
  • Tentativa de compreensão: arte concreta, arte neoconcreta - Uma contribuição brasileira, 1977
  • Uma luz no chão, 1978
  • Sobre arte, 1983
  • Etapas da arte contemporânea: do cubismo à arte neoconcreta, 1985
  • Indagações de hoje, 1989
  • Argumentação contra a morte da arte, 1993
  • O Grupo Frente e a reação neoconcreta, 1998
  • Cultura posta em questão/Vanguarda e subdesenvolvimento, 2002
  • Rembrandt, 2002
  • Relâmpagos, 2003
Televisão
  • Araponga - 1990/1991 (Rede Globo) - colaborador
  • Dona Flor e Seus Dois Maridos - 1998 (Rede Globo) - colaborador
  • Irmãos Coragem - 1995 (Rede Globo) - colaborador
  • O Fim do Mundo (1996) (Rede Globo) - colaborador
Filmes
Ano Título Personagem
1968 Desesperato Dr. Nelson[53]
A Vida Provisória Augusto[54]
1970 Os Herdeiros Davi Martins
1978 O Aleijadinho Narrador
2002 Poeta de Sete Faces Ele mesmo
2005 Vinicius Ele mesmo

Referências

  1. «Morre o poeta Ferreira Gullar, aos 86 anos». O Globo. 4 de dezembro de 2016 
  2. a b c d «Ferreira Gullar». UOL - Educação. Consultado em 10 de setembro de 2012 
  3. «Ferreira Gullar se candidata a vaga na Academia Brasileira de Letras». Globo.com. 14 de julho de 2014. Consultado em 26 de agosto de 2014 
  4. «Vagas na ABL serão ocupadas por Zuenir, Evaldo Mello e Ferreira Gullar». Diário de Pernambuco. 1 de agosto de 2014. Consultado em 26 de agosto de 2014. Arquivado do original em 3 de setembro de 2014 
  5. a b c Daniel Silveira (5 de dezembro de 2014). g1.globo, ed. «Poeta Ferreira Gullar toma posse na Academia Brasileira de Letras». Consultado em 11 de dezembro de 2014 
  6. Franchetti, P. (2017). Ferreira Gullar: notas sobre heroísmo. Revista Texto Poético, 13(23), p.315
  7. «Ferreira Gullar dá palestra em Pinda». Tribunadonorte.net. 16 de novembro de 2010 
  8. Educar para Crescer - "O maior poeta do Brasil"
  9. Oliveira Filho, Odil José. Unesp. São Paulo. 18/02/2010.
  10. «Ferreira Gullar é eleito imortal pela Academia Brasileira de Letras». R7.com. 9 de outubro de 2014. Consultado em 27 de agosto de 2020 
  11. Poeta Ferreira Gullar se torna imortal na Academia Brasileira de Letras - G1 Maranhão - JMTV 1ª Edição - Catálogo de Vídeos, consultado em 27 de agosto de 2020 
  12. «Morre o poeta Ferreira Gullar, aos 86 anos». O Globo. 4 de dezembro de 2016 
  13. a b «Corpo de Ferreira Gullar é velado no Rio nesta segunda». G1 
  14. «Velório de Ferreira Gullar reúne amigos famosos e imortais na ABL». Ego 
  15. a b c Gullar, Ferreira. “Neo-Concrete Manifesto.” History of Modern Latin American Art Course Reader. Spokane: Whitworth University, 2014.
  16. Flávio, Lúcio (18 de novembro de 2018). «Livro de Ferreira Gullar escrito durante exílio é relançado». Metrópoles. Consultado em 27 de agosto de 2020 
  17. Bafafá, Agenda. «Ferreira Gullar: Eu me filiei ao PCB no dia do golpe de 64». Descubra a Essência do Rio | Agenda Bafafá. Consultado em 27 de agosto de 2020 
  18. Ferreira Gullar, em entrevista à revista piauiense Revestres, Jan/Fev 2014
  19. Gullar, Ferreira. (6 de maio de 2012). Dialética da mudança. Folha de S.Paulo, p. E10.
  20. Lobato, Eliane (17 de outubro de 2014). «"A continuação do PT no poder é um desastre"». ISTOÉ Independente. Consultado em 27 de agosto de 2020 
  21. Mazini, Leandro (13 de setembro de 2015). «Em sua festa, Ferreira Gullar critica Dilma e o PT». Política. UOL. Consultado em 27 de agosto de 2020 
  22. Attuch, Leonardo (24 de agosto de 2014). «Para Gullar, Marina é o maior pesadelo do PT». Brasil 247. Consultado em 27 de agosto de 2020 
  23. Raner, Verônica (7 de abril de 2016). «Ferreira Gullar: Dilma deve sair do governo». Blog do Moreno - O Globo. Consultado em 27 de agosto de 2020 
  24. «Ferreira Gullar é eleito para a Academia Brasileira de Letras». Lívia Torres. G1 Rio de Janeiro. 9 de outubro de 2014. Consultado em 14 de outubro de 2014 
  25. «Poeta Ferreira Gullar é eleito para a ABL». Exame. 9 de outubro de 2014. Consultado em 14 de outubro de 2014 
  26. «Ferreira Gullar não vai para a ABL». Associação Brasileira de Imprensa. 1 de março de 2011. Consultado em 14 de outubro de 2014 
  27. «Ferreira Gullar > Meu Lado Poético». Meu Lado Poético. Consultado em 27 de agosto de 2020 
  28. «Autobiografia revela a formação literária do poeta Ferreira Gullar - Cultura». Estadão. Consultado em 27 de agosto de 2020 
  29. «'Se me ama, me deixa ir em paz', disse Gullar à esposa». VEJA. 4 de dezembro de 2016. Consultado em 27 de agosto de 2020 
  30. «'Se me ama, me deixa ir em paz', disse Gullar à esposa». Época Negócios. Consultado em 27 de agosto de 2020 
  31. Corpo de Ferreira Gullar é enterrado no mausoléu da ABL
  32. «Filha de Ferreira Gullar diz que pai soube preparar a família para a sua morte - Cultura». Estadão. 4 de dezembro de 2016. Consultado em 27 de agosto de 2020 
  33. «O Cuidador - Pais saem do silêncio! A esquizofrenia é fala de Ferreira Gullar.». O Cuidador. 5 de fevereiro de 2014. Consultado em 27 de agosto de 2020 
  34. Syclar, Moacir (2 de junho de 2009). «O drama da doença mental». Academia Brasileira de Letras. Consultado em 27 de agosto de 2020 
  35. Vilicic, Filipe (4 de dezembro de 2016). «Ferreira Gullar a VEJA: "Quando ser de esquerda dava cadeia, ninguém era" | ReVEJA». VEJA. Consultado em 27 de agosto de 2020 
  36. a b «Ferreira Gullar». Fundação Getúlio Vargas. Consultado em 27 de agosto de 2020 
  37. Resende, Adriana (7 de fevereiro de 2002). «Folha Online - Ilustrada - "Indicação ao Nobel é "estratosférica", diz poeta Ferreira Gullar - 07/02/2002». Folha de S. Paulo. Consultado em 27 de agosto de 2020 
  38. «'Resmungos', de Ferreira Gullar, e enciclopédia sobre América Latina e Caribe são eleitos os ...». O Globo. 1 de novembro de 2007. Consultado em 27 de agosto de 2020 
  39. «Folha de S.Paulo - Gullar ganha o Prêmio Jabuti pelo livro de crônicas "Resmungos" - 01/11/2007». Folha de S. Paulo. 1 de novembro de 2007. Consultado em 27 de agosto de 2020 
  40. «Época - NOTÍCIAS - Os 100 brasileiros mais influentes de 2009». Revistaepoca.globo.com. Consultado em 20 de dezembro de 2009 
  41. G1. «Poeta Ferreira Gullar ganha Prêmio Camões de 2010». G1. Consultado em 31 de maio de 2010 
  42. «Morre, aos 86 anos, o poeta Ferreira Gullar». JC. UOL. 4 de dezembro de 2016. Consultado em 27 de agosto de 2020 
  43. «Teatro Ferreira Gullar, palco de muitas histórias». Prefeitura Municipal de Imperatriz - Maranhão. 27 de março de 2018. Consultado em 27 de agosto de 2020 
  44. «Veículo e motocicleta colidem na Avenida Ferreira Gullar em São Luís». G1. 8 de fevereiro de 2019. Consultado em 27 de agosto de 2020 
  45. Emir, Aquiles (23 de janeiro de 2019). «Governo do Estado anuncia obras de infraestrutura no pior cartão postal de São Luís». Maranhão Hoje. Consultado em 27 de agosto de 2020 
  46. «Ferreira Gullar e Laurentino Gomes levam Prêmio Jabuti». Exame 
  47. «Ferreira Gullar e Laurentino Gomes são os grandes vencedores do Prêmio Jabuti 2011». Universo Online. Abril de 2012 
  48. «Silvio Tendler estreia na TV Brasil "Há muitas Noites na Noite" | Recanto Adormecido». Recanto Adormecido. 4 de dezembro de 2015. Consultado em 27 de agosto de 2020 
  49. «"Há muitas noites na noite", Videoinstalação sobre "Poema Sujo", de Ferreira Gullar». Arquivado do original em 15 de agosto de 2016 
  50. Silvio Tendler estreia na TV Brasil “Há muitas Noites na Noite”, acesso em 24 de julho de 2016.
  51. Silvio Tendler dirige série sobre 'Poema Sujo', de Ferreira Gullar, acesso em 24 de julho de 2016.
  52. TV Brasil estreia série documental sobre a trajetória do poeta Ferreira Gullar no exílio neste sábado (5/12), acesso em 24 de julho de 2016.
  53. «Desesperato». Cinemateca Brasileira. Consultado em 23 de dezembro de 2021 
  54. «A Vida Provisória». Cinemateca Brasileira. Consultado em 18 de março de 2021 

Ligações externas

  • «Poemas de Ferreira Gullar» 
  • «Entrevista com Ferreira Gullar». Biblioteca Pública do Paraná 
  • «Biografia». Academia Brasileira de Letras 
  • «Entrevista com pesquisadora da USP sobre Ferreira Gullar». Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo 
  • «Artigo sobre a poesia de Ferreira Gullar» 

Precedido por
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Prêmio Camões
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2014–2016
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1989: Miguel Torga 1990: João Cabral de Melo Neto 1991: José Craveirinha 1992: Vergílio Ferreira 1993: Rachel de Queiroz 1994: Jorge Amado 1995: José Saramago 1996: Eduardo Lourenço 1997: Pepetela 1998: Antonio Candido 1999: Sophia de Mello Breyner 2000: Autran Dourado 2001: Eugénio de Andrade 2002: Maria Velho da Costa 2003: Rubem Fonseca 2004: Agustina Bessa-Luís 2005: Lygia Fagundes Telles 2006: José Luandino Vieira 2007: António Lobo Antunes 2008: João Ubaldo Ribeiro 2009: Arménio Vieira 2010: Ferreira Gullar • 2011: Manuel António Pina 2012: Dalton Trevisan 2013: Mia Couto 2014: Alberto da Costa e Silva 2015: Hélia Correia 2016: Raduan Nassar 2017: Manuel Alegre 2018: Germano Almeida 2019: Chico Buarque 2020: Vítor Manuel de Aguiar e Silva 2021: Paulina Chiziane 2022: Silviano Santiago 2023: João Barrento

Luís de Camões.
Portais: Literatura/Lusofonia
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1991 – 1999
Ficção
Não Ficção

1993: Caco Barcellos 1994: Gilberto Dimenstein 1995: Stephen Charles Kanitz 1996: Ruy Castro 1997: Roberto Campos 1998: Carmen Lúcia Azevedo, Márcia Camargos e Vladimir Sacchetta 1999: Lilia Moritz Schwarcz

2000 – 2009
Ficção

2000: Menalton Braff 2001: Lygia Fagundes Telles 2002: Manoel de Barros 2003: Arthur Nestrovski 2004: Chico Buarque de Hollanda 2005: Nélida Piñon 2006: Milton Hatoum 2007: Ferreira Gullar • 2008: Ignácio de Loyola Brandão 2009: Moacyr Scliar

Não Ficção

2000: Drauzio Varella 2001: Fernando Morais 2002: Ruth Rocha e Anna Flora 2003: João Paulo Capobianco 2004: Caco Barcellos 2005: Francisco Alberto Madia de Souza 2006: Ruy Castro 2007: Ivana Jinkings e Emir Sader 2008: Laurentino Gomes 2009: Marisa Lajolo e João Luís Ceccantini

2010 – presente
Ficção

2010: Chico Buarque de Hollanda 2011: Ferreira Gullar • 2012: Stella Maris Rezende 2013: Luis Fernando Verissimo 2014: Marina Colasanti 2015: Maria Valéria Rezende 2016: Julián Fuks 2017: Silviano Santiago

Não Ficção

2010: Maria Rita Kehl 2011: Laurentino Gomes 2012: Miriam Leitão 2013: Audálio Dantas 2014: Laurentino Gomes 2015: Marcelo Godoy • 2016: Nei Lopes e Luiz Antônio Simas Eduardo Jardim • 2017: Magda Soares

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Prêmio Jabuti - Poesia (1959 - 2020)
1959 – 1969

1959: José Paulo Moreira da Fonseca 1960: Sosigenes Costa 1961: Cassiano Ricardo 1962: Mário da Silva Brito 1963: Mário Chamie 1964: Cecília Meireles 1965: Cassiano Ricardo 1966: Carlos Soule do Amaral • 1967: João Cabral de Melo Neto 1968: Carlos Drummond de Andrade 1969: Stella Carr Ribeiro

1970 – 1979
1980 – 1989

1980: Sebastião Uchoa Leite 1981: Rubens Rodrigues Filho 1982: Francisco Alvim 1983: Orides Fontela 1984: Hilda Hilst 1985: Alphonsus de Guimaraens Filho 1986: Armando Freitas Filho 1987: Ilka Brunhilde Laurito 1988: Antonio Fernando de Franceschi • 1989: Francisco Alvim Alice Ruiz

1990 – 1999

1990: Manoel de Barros 1991: Affonso Ávila 1992: Carlito Azevedo 1993: Arnaldo Antunes Moacyr Amâncio • Carlos Drummond de Andrade Inês O. Depré, Haroldo de Campos João Cabral de Melo Neto 1994: Vinicius de Moraes Rubem Braga Frederico Barbosa • Marina Colasanti 1995: Ivan Junqueira Bruno Tolentino Paulo Leminski 1996: Leonardo Fróes Renata Pallottini Dora Ferreira da Silva 1997: Waly Salomão Thiago de Mello Carlos Drummond de Andrade Cecília Meireles A. B. Mendes Cadaxa • 1998: Alberto da Costa e Silva Reynaldo Valinho Alvarez • Marly de Oliveira 1999: Haroldo de Campos Gerardo Melo Mourão Salgado Maranhão

2000 – 2009

2000: Thiago de Mello Moacyr Félix • Ferreira Gullar • 2001: Anderson Braga Horta Lêdo Ivo Alberto da Costa e Silva 2002: Claudia Roquette Pinto • Thiago de Mello Ivo Barroso 2003: Bruno Tolentino Geraldo Melo Mourão Marcus Accioly 2004: Alexei Bueno Marco Lucchesi Alphonsus de Guimaraens Filho Armando Freitas Filho 2005: Dora Ferreira da Silva Neide Archanjo • Artur Eduardo Benevides Antonio Risério, Frederico Barbosa • 2006: Affonso Romano de Sant'Anna Ruy Espinheira Filho Domingos Pellegrini 2007: Affonso Ávila Neide Archanjo • Armando Freitas Filho Bruno Tolentino (In Memorian) • 2008: Ivan Junqueira Marcus Vinicius Quiroga • Paulo Fernando Henriques Britto • 2009: Alice Ruiz Viviana Bosi • Eucanaã Ferraz Reynaldo Bessa

2010 – presente

2010: Marina Colasanti Reynaldo Jardim Silveira • Armando Freitas Filho 2011: Ferreira Gullar • Gilberto Mendonça Teles Ricardo Aleixo 2012: Maria Lúcia Dal Farra Zulmira Ribeiro Tavares Josely Vianna Baptista • 2013: Ademir Assunção Glauco Mattoso Antonio Cicero 2014: Horácio Costa Marcus Vinicius Quiroga • Zuca Sardan 2015: Alexandre Guarnieri Marco Lucchesi Manoel Herzog • 2016: Arnaldo Antunes Salgado Maranhão Leonardo Aldrovandi • 2017: Simone Brantes Luci Collin Daniel Francoy • 2018: Mailson Furtado Viana 2019: Hilda Machado 2020: Cida Pedrosa

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1959 – 1969

1959: Jorge Medauar (Contos) • 1960: Dalton Trevisan (Contos) • Ricardo Ramos (Novelas) • 1961: Clarice Lispector (Contos) • 1962: Ricardo Ramos (Contos) • 1963: Julieta de Godoy Ladeira (Contos) • 1964: João Antônio (Contos) • 1965: Dalton Trevisan (Contos) • 1966: Lygia Fagundes Telles (Contos) • 1967: Bernardo Élis (Contos) • 1968: Marcos Rey (Contos) • 1969: Maria Cecília Caldeira (Contos)

1970 – 1979

1970: Rubem Fonseca (Contos) • 1971: Ricardo Ramos (Contos) • 1972: Holdemar Menezes (Contos) • 1973: Luiz Vilela (Contos) • 1974: Elias José (Contos) • 1975: Caio Porfírio Carneiro (Contos) • 1976: Regina Célia Colônia (Contos) • 1977: Domingos Pellegrini Júnior (Contos) • 1978: Hermann José Reipert (Contos) • 1979: Sônia Coutinho (Contos)

1980 – 1989

1980: Modesto Carone (Contos) • 1981: José J. Veiga (Novelas) • 1982: Autran Dourado (Contos) • 1983: Sérgio Sant'Anna (Contos) • 1984: Caio Fernando Abreu (Novelas) • 1985: Charles Kiefer (Contos) • 1986: Sérgio Sant'Anna (Novelas) • 1988: Moacyr Scliar (Contos) • 1989: Caio Fernando Abreu (Contos)

1990 – 1999

1990: Diogo Mainardi (Contos) • 1991: Rosa Amanda Strausz (Contos) • 1993: João Antônio (Contos) • Otto Lara Rezende (Contos) • Vilma Arêas (Contos) • Charles Kiefer (Contos) • 1994: Nelson Rodrigues (Contos) • Marcos Rey (Novelas) • Hilda Hilst (Novelas) • 1995: Dalton Trevisan (Contos) • Regina Rheda (Contos) • Victor Giudice (Contos) • 1996: Lygia Fagundes Telles (Contos) • Rubem Fonseca (Contos) • Caio Fernando Abreu (Contos) • 1997: Marina Colasanti (Contos) • Silviano Santiago (Contos) • Antônio Carlos Villaça (Contos) • 1998: Raduan Nassar (Contos) • Flávio Moreira da Costa (Contos) • João Silvério Trevisan (Contos) • 1999: Charles Kiefer (Contos) • Rubens Figueiredo (Contos) • João Inácio Padilha (Contos)

2000 – 2009

2000: Raimundo Carrero (Contos) • Marçal Aquino (Contos) • Ignácio de Loyola Brandão (Contos) • 2001: Mario Pontes (Contos) • Rodolfo Konder (Crônicas) • Lygia Fagundes Telles (Contos) • 2002: Fernando Sabino (Crônicas) • Marçal Aquino (Contos) • Rubem Fonseca (Contos) • 2003: Rubem Fonseca (Contos) • Luiz Nassif (Crônicas) • Fernando Bonassi (Crônicas) • 2004: Sérgio Sant'Anna (Contos) • João Gilberto Noll (Contos) • 2005: Alcione Araújo (Crônicas) • 2006: Marcelino Freire (Contos) • 2007: Ferreira Gullar (Crônicas) • 2008: Vera do Val (Contos) • 2009: Fabrício Carpinejar (Crônicas)

2010 – presente

2010: José Rezende Jr. (Contos) • 2011: Dalton Trevisan (Contos) • 2012: Sidney Rocha (Contos) • 2013: Luis Fernando Veríssimo (Crônicas) • 2014: Rubem Fonseca (Contos) • 2015: Carol Rodrigues (Contos) • 2016: Natalia Borges Polesso (Contos) • 2017: Veronica Stigger (Contos)

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Cadeiras 1 a 10
1 (Adelino Fontoura)
2 (Álvares de Azevedo)
3 (Artur de Oliveira)
4 (Basílio da Gama)
5 (Bernardo Guimarães)
6 (Casimiro de Abreu)
7 (Castro Alves)
8 (Cláudio Manuel da Costa)
9 (Gonçalves de Magalhães)
10 (Evaristo da Veiga)
Cadeiras 11 a 20
11 (Fagundes Varella)
12 (França Júnior)
13 (Francisco Otaviano)
14 (Franklin Távora)
15 (Gonçalves Dias)
16 (Gregório de Matos)
17 (Hipólito da Costa)
18 (João Francisco Lisboa)
19 (Joaquim Caetano)
20 (Joaquim Manuel de Macedo)
Cadeiras 21 a 30
21 (Joaquim Serra)
22 (José Bonifácio)
23 (José de Alencar)
24 (Júlio Ribeiro)
25 (Junqueira Freire)
26 (Laurindo Rabelo)
27 (Maciel Monteiro)
28 (Manuel Antônio de Almeida)
29 (Martins Pena)
30 (Pardal Mallet)
Cadeiras 31 a 40
31 (Pedro Luís)
32 (Manuel de Araújo Porto-Alegre)
33 (Raul Pompeia)
34 (Sousa Caldas)
35 (Tavares Bastos)
36 (Teófilo Dias)
37 (Tomás António Gonzaga)
38 (Tobias Barreto)
39 (Visconde de Porto Seguro)
40 (Visconde do Rio Branco)
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