Posse de Fernando Collor

Posse de Fernando Collor
Posse de Fernando Collor
Fernando Collor em frente do Congresso Nacional
Data 15 de março de 1990
Localização Brasil Brasília:
Congresso Nacional
Palácio do Planalto
Palácio Itamaraty
Participantes
  • 32.º Presidente do Brasil, Fernando Collor (Assumindo o cargo)
  • 21.º Vice-presidente do Brasil, Itamar Franco (Assumindo o cargo)
1985
1990
1992

Fernando Collor de Mello e Itamar Franco foram empossados como o 32º presidente do Brasil e 21º vice-presidente do Brasil em 15 de março de 1990.[1] A cerimônia de posse foi realizada no Congresso Nacional em Brasília, e foi marcada por um forte esquema de segurança.

Os representantes estrangeiros que compareceram foram os presidentes da Argentina, Carlos Menem, de Cuba, Fidel Castro, de Nicarágua, Daniel Ortega; o Vice-presidente dos Estados Unidos, Dan Quayle; o primeiro ministro da Espanha, Felipe Gonzalez; o primeiro-ministro da Itália, Giulio Andreotti, entre outros.[1]

Posse

Collor e Itamar Franco chegam ao Palácio do Planalto.

A cerimônia da posse de Collor começou no 15 de março, pouco depois das nove horas da manhã. Seguiu a bordo de um Rolls-Royce para o Congresso Nacional, sendo saudado por populares durante o percurso. Retribuiu o apoio com um dos símbolos de sua campanha, esticando o punho direito cerrado.[2] Chegou ao Congresso ao lado do vice Itamar Franco, acompanhado de pequena comitiva. Fez um discurso de 5.926 palavras, o mais extenso da história republicana, onde expôs os objetivos de seu governo e comentários sobre a democracia. Também afirmou: "a meta número um do meu primeiro ano de gestão não é conter a inflação: é liquidá-la", e que adotaria medidas drásticas contra a "erva daninha da inflação". 40% do total do discurso, ou 35 parágrafos, foram dedicados à política externa, e quatro parágrafos ao meio ambiente. À corrupção, apenas um parágrafo.[3]

Collor em seu discurso de posse.

Collor saiu do Congresso e atravessou a praça dos Três Poderes em direção ao Palácio do Planalto, recebendo lá, de José Sarney, a faixa presidencial. Sarney teve dificuldade de cumprir o ritual e estava tenso. Collor se dirigiu ao Parlatório para discursar, aguardado por milhares de pessoas desde a madrugada. Trinta minutos após chegar, iniciou seu discurso de cinco minutos, finalizando com seu bordão de campanha: "Obrigado, minha gente. Até outro dia." Além disso, Antônio Rogério Magri elevou um palanque à frente do prédio do Ministério do Trabalho, discursando para uma plateia formada por sindicalistas, e Antonio Cabrera, da Agricultura, discursou para centenas de agricultores e pecuaristas em um palanque que o mesmo instalou na entrada do ministério.[4]

Referências

  1. a b «Governo estreia com duvidas na economia e certezas na política.». Jornal do Brasil. 15 de março de 1990. Consultado em 18 de dezembro de 2023 
  2. «Collor assume». Correio Braziliense. 15 de março de 1990. Consultado em 18 de dezembro de 2023 
  3. Villa 2016, p. 23–25.
  4. Villa 2016, p. 25–27.

Bibliografia

  • Villa, Marco Antonio (13 de junho de 2016). Collor presidente: trinta meses de turbulências, reformas, intrigas e corrupção. Rio de Janeiro: Record. 364 páginas. ISBN 9788501090539. Consultado em 20 de junho de 2021 
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