Queda do Constellation PP-PDE

Queda do Lockheed Constellation PP-PDE
Queda do Constellation PP-PDE
Lockheed Constellation pintado nas cores da Panair do Brasil em exposição no Museu Asas de um Sonho em São Carlos, São Paulo.
Sumário
Data 14 de dezembro de 1962
Causa Desconhecida[1]
Local Brasil próximo a Rio Preto da Eva,Amazonas
Origem Aeroporto Santos Dumont, Rio de Janeiro
Escala Aracaju, Maceió, Recife, João Pessoa, Natal, Fortaleza, São Luís e Belém
Destino Aeroporto da Ponta Pelada, Manaus
Passageiros 44
Tripulantes 6
Mortos 50 (todos)
Feridos nenhum
Sobreviventes nenhum
Aeronave
Modelo Estados Unidos Lockheed Constellation
Operador Brasil Panair do Brasil
Prefixo PP-PDE Bandeirante Estêvão Ribeiro Baião Parente
Primeiro voo 1945

A Queda do Constellation PP-PDE foi um acidente aéreo de causas desconhecidas ocorrido nas proximidades de Manaus em 14 de dezembro de 1962.[2][3].

Aeronave

O Lockheed Constellation seria criado pelo engenheiro Clarence Johnson. O Constelation cnº 2047 foi fabricado em meados de 1945, na planta da Lockheed em Burbank, Califórnia. Foi adquirido pela Pan Am e voaria alguns anos nos Estados Unidos até ser repassado a Panair do Brasil.[4] No Brasil, a aeronave receberia o prefixo PP-PDE e seria batizada pela Panair de Bandeirante Estêvão Ribeiro Baião Parente.[5]

Acidente

Após decolar do aeroporto Santos Dumont na manhã do dia 13 de dezembro de 1962, o Constellation PP-PDE da Panair do Brasil faria escala em várias cidades até decolar de Belém para Manaus, destino final da viagem. Durante a aproximação final, na madrugada do dia 14, a tripulação solicitou a torre do Aeroporto da Ponta Pelada que ligasse as luzes de sinalização da pista. Depois de um breve contato com a torre, a aeronave desapareceu. Ao constatar o desaparecimento, foi acionado o Esquadrão Aeroterrestre de Salvamento (PARA-SAR) da FAB, que iniciaria buscas na região de Manaus. Os destroços do Constellation PP-PDE seriam localizados por um avião do PARA-SAR às 10h do dia 15, nas proximidades de Rio Preto da Eva, cerca de 30 km de Manaus. Por conta de o local ser de difícil acesso e parte do bojo da aeronave ter sido encontrada intacta, houve uma expectativa de serem encontrados sobreviventes. Uma equipe terrestre composta por médicos, engenheiros, funcionários da Panair, Petrobras e soldados seria destacada para a selva, atingindo o local dos destroços apenas no dia 20. Não seriam encontrados sobreviventes entre os 44 passageiros e 6 tripulantes do Constellation PP-PDE.[6]

Consequências

Apesar de terem sido aventadas diversas hipóteses que explicassem a queda da aeronave (como falha mecânica, voo controlado contra o solo, etc), nunca seria determinada a causa do acidente com o Constellation PP-PDE.[2]. Esse seria o último acidente envolvendo uma aeronave da Panair do Brasil. Poucos anos depois a empresa seria fechada pelo regime militar e suas rotas seriam repassadas à Varig enquanto que as aeronaves, redistribuídas às demais companhias aéreas ou sucateadas.[7]

Bibliografia

  • SILVA, Carlos Ari Cesar Germano da; O rastro da bruxa: história da aviação comercial brasileira no século XX através dos seus acidentes; Porto Alegre Editora EDIPUCRS, 2008, pp 223-228.

Referências

  1. Constellation L-049 PP-PDE
  2. a b SILVA, Carlos Ari Cesar Germano da (2008). O rastro da bruxa: história da aviação comercial brasileira no século XX através dos seus acidentes. [S.l.]: Editora EDIPUCRS, Porto Alegre. pp. 223–228. ISBN 978-85-7430-760-2 
  3. Folha de S. Paulo (15 de dezembro de 1962). «Constelation com 53 pessoas desaparece entre Belém e Manaus». Ano XLII, número 12235, páginas 1 e 5. Consultado em 14 de agosto de 2012 
  4. «Accident description». Aviation Safety Network. Consultado em 14 de agosto de 2012 
  5. «Accident details». Plane crash info. Consultado em 14 de agosto de 2012 
  6. Jornal do Brasil (21 de dezembro de 1962). «Confirmado pela Petrobrás: não escapou ninguém no Constellation». Ano LXXII, número 294, página 10. Consultado em 14 de agosto de 2012 
  7. Jornal do Brasil (11 de fevereiro de 1965). «Panair encerra atividade». Ano LXXIV, número 35, páginas 1 e 3. Consultado em 14 de agosto de 2012 

Ligações externas

  • Ficha do acidente no site Aviation Safety Network (english)
  • v
  • d
  • e
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  • Acidente do Fairchild F-27 da Avensa (25 fev)
  • American Airlines 1 (1 mar)
  • Caledonian Airways 153 (4 mar)
  • Acidente do Fairchild F-27 da Turkish Airlines (8 mar)
  • Flying Tiger Line 739 (16 mar)
  • Acidente do Douglas C-47 da Channel Airways (6 mai)
  • Acidente do PBY Catalina em Godthab (12 mai)
  • Continental Airlines 11 (22 mai)
  • Air France 007 (3 jun)
  • Air France 117 (22 jun)
  • Aeroflot 902 (30 jun)
  • Alitalia 771 (7 jul)
  • United Arab Airlines 869 (19 jul)
  • Canadian Pacific Air Lines 301 (22 jul)
  • Aeroflot 415 (28 jul)
  • Acidente do Douglas DC-3 da Royal Nepal Airlines (1 ago)
  • Panair do Brasil 026 (20 ago)
  • Aeroflot 3 (3 set)
  • Aeroflot 213 (18 set)
  • United Airlines 297 (23 nov)
  • Desastre aéreo de Paraibuna (26 nov)
  • Varig 810 (27 nov)
  • Eastern Air Lines 512 (30 nov)
  • Queda do Constellation PP-PDE (14 dez)
  • Acidente do Vickers Viscount da LOT em Varsóvia (19 dez)
Acidentes e incidentes aéreos
Indica incidente com, pelo menos, 50 mortes • Indica o acidente com mais mortes no ano
  • v
  • d
  • e
1928—1960
1961—2000
2001—presente
O acidente do voo Air France 447 ocorreu em águas internacionais.