Retroversão uterina

Retroversão uterina, também conhecido como útero retrovertido, útero invertido, útero reverso ou útero virado, é quando o útero possui uma posição diferenciada. A percentagem de pessoas com esta retroversão pode variar entre 15 a 25% tem o útero voltado para a região posterior do corpo (retrovertido). Algumas podem sofrer um deslocamento do útero, que varia a sua posição em pouco espaço de tempo, dependendo das condições dos elementos orgânicos periféricos (ex: bexiga cheia), condições de estresse físico (ex: pós-parto) ou até mesmo por condições de envelhecimento.

Fato é que essa retroversão não é adquirida com o tempo, vem desde o nascimento, e acompanhará a paciente por toda a vida, mas geralmente não é nada que faça tanta diferença no seu âmbito amoroso ou gênico, pois é apenas estrutural.

Testes para comprovação

A comprovação é feita a partir de um ultra-som pélvico e durante o exame, o médico observará como se comporta todo o sistema reprodutor da paciente, analisando com muita atenção a estrutura uterina.

Resultados para gestação

Cada caso se mostra diferenciado, mas uma constante é que a retroversão uterina nada tem a ver com infertilidade, o problema é estrutural. Grande parte das mulheres nem mesmo necessitam de um acompanhamento médico para engravidar (acompanhamento médico na gestação é adequado para qualquer mulher). Não é necessário nada mais que paciência para que a gestação desejada seja concretizada, o que não será diferente para qualquer outra mulher.

Sintomas comuns

Não necessariamente a paciente possuirá todos os sintomas:

  • Dor crônica pélvica ou lombo-sacra (“dor nas cadeiras”).
  • Dispareunia profunda (dor que surge no ato sexual referida a pelve, mas que frequentemente permanece por horas após a relação)
  • Dismenorréia (cólicas de menstruação intensas)
  • Proctalgia (dor ao evacuar)
  • Disúria (dor ao urinar)

Tratamento

Não há uma maneira de falar de tratamentos de uma forma geral, pois apenas o médico poderá informar a melhor forma de lidar com este estado. Muitas vezes não é necessário tratamento algum, mas se a paciente se sentir melhor desta maneira, se o médico concordar, o tratamento poderá ser feito através de hormônios. Há casos extremos, e muitas vezes desnecessários, em que é feita uma cirurgia de modo a tentar regularizar e fixar melhor o útero no plano sagital mediano da cavidade pélvica. Mas, o melhor tratamento, na verdade, é ter paciência e seguir as orientações médicas.

Dificuldade em engravidar

Sabe-se atualmente que a correlação do “útero retrovertido” com a dificuldade de engravidar é devida a maior suscetibilidade de endometriose nestas mulheres. O útero retrovertido dificultaria o escoamento da menstruação pelo orifício do colo, o que aumentaria o risco de refluir pelas trompas uterinas levando a implantação de focos do endométrio na cavidade abdominal (menstruação retrógrada) somadas à dificuldade estrutural uterina já apresentadas (retroversão uterina), aumentando a dificuldade no trajeto dos espermatozoides.

Aspetos Psicológicos

Ao ser diagnosticado dizer que existirá maior dificuldade no caso da pessoa desejar engravidar, muitas delas ficam anos julgando que não poderão ter descendência biológica. Isto é explicado pela falta de aprofundamento no assunto, pois em grande parcela das pessoas com retroversão uterina não sentiu nenhuma diferença nas suas vidas.

Existe uma pequena dificuldade para a fecundação, fato que deve ser considerado por profissionais, mas isso não atrapalhará a vida da pessoa e, ou de possíveis pessoas parceiras. Essas devem ser responsáveis pelo apoio, pois enquanto a pessoa não conseguir engravidar poderá se sentir receosa em pensar no assunto, e na maioria das vezes inseguras.

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