Thomas Eagleton

Thomas Eagleton
Thomas Eagleton
Nascimento 4 de setembro de 1929
St. Louis
Morte 4 de março de 2007 (77 anos)
St. Louis
Cidadania Estados Unidos
Alma mater
  • Harvard Law School
  • Amherst College
  • Universidade do Missouri
  • Mary Institute and St. Louis Country Day School
Ocupação político, oficial, advogado
Empregador(a) Universidade Washington em St. Louis
Religião Igreja Católica
Causa da morte insuficiência cardíaca
Assinatura
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Thomas Francis Eagleton (St. Louis, Missouri, 4 de setembro de 1929 - St. Louis, Missouri, 4 de março de 2007) foi um Senador pelo Missouri, entre 1969 e 1987.[1] Ganhou mais destaque com a sua breve candidatura a Vice-presidente dos Estados Unidos pelo Partido Democrata, como running mate de George McGovern em 1972.[1] Teve cargos públicos na Universidade de Washington durante mais de uma década e lecionou um seminário sobre a Presidência e a Constituição na Saint Louis University School of Law.

Primeiros anos e Carreira política

Eagleton era filho de um outro político de St. Louis, Mark D. Eagleton (que havia concorrido para presidente da câmara), e de Zitta Swanson.

Formou-se na "St. Louis Country Day School", alistou-se na Marinha dos Estados Unidos durante dois anos, saiu da "Amherst College" em 1950, onde era membro da irmandade "Delta Kappa Epsilon". Foi então para a Harvard Law School.

Thomas Eagleton casou com Barbara Ann Smith, de St. Louis, no dia 26 de Janeiro de 1956. Um filho, Terence, nasceu em 1959, e uma filha, Christin, nasceu em 1960.

Foi eleito Procurador de Círculo da cidade de St. Louis em 1956, e Procurador do Ministério Público do Missouri em 1960, aos 31 anos de idade (o mais jovem na história do estado). Foi eleito Tenente-governador do Missouri em 1964, e ganhou um assento no Senado dos Estados Unidos nas eleições de 1968.[1]

Entre 1960 e 1966, Thomas Eagleton esteve internado três vezes por exaustão física e nervosa, submetendo-se a electroconvulsoterapia duas vezes.[1]

A hospitalização, que não foi largamente publicitada, teve um pequeno efeito nas suas aspirações políticas, ainda que o St. Louis Post-Dispatch tenha dado conta, em 1972, imediatamente depois da sua nomeação para candidato à vice-presidência:

"Ele tem tido problemas com distúrbios gástricos, que o levaram a algumas hospitalizações. Os problemas de estômago contribuíram para rumores de que ele teria problemas com a bebida."[1]

Seleção vice-presidencial de George McGovern, em 1972

Em 1972, Richard Nixon surgia imbatível. Quando George McGovern venceu a nomeação Democrata para Presidente, virtualmente todos os nomes democratas, como Edward Kennedy, Walter Mondale e Birch Bayh recusaram ofertas para continuar na chapa.[1]

A campanha de McGovern procurou então por candidatos menos conhecidos e Eagleton, que se opusera à Guerra do Vietnam, foi selecionado, em 14 de julho, com uma mínima investigação do seu passado.[1] Eagleton não fez menção às suas hospitalizações anteriores.[1]

Os jornais em breve as revelariam.[1] McGovern e Eagleton inicialmente brincaram com o caso, com Eagleton dizendo que podia submeter-se a exames físicos se outros candidatos (por exemplo, Nixon) fizessem o mesmo. Mas a cargas continuaram a chegar. O colunista Jack Anderson escreveu uma coluna acusando falsamente Eagleton de ter sido detido por condução sob o efeito do álcool; um ataque de que Anderson teve de retratar-se.

McGovern disse que apoiava Eagleton a “1000%”, mas a 1 de agosto, Eagleton retrocedeu e foi substituído pelo parente de Kennedy, Sargent Shriver.[1]

O incidente foi um pretexto para a campanha do Partido Republicano levantar sérias questões sobre a capacidade de julgamento de McGovern. Nas eleições gerais, Nixon venceu em todos os estados exceto no Massachusetts e em Washington, DC.[1]

O Missouri elegeu Eagleton para o Senado em 1974 e em 1980. Durante as eleições de 1980, a sobrinha de Eagleton, Elizabeth Eagleton Weigand, e o advogado Stephen Poludniak foram presos por fazerem chantagem, ameaçando prestar falsas acusações de que Eagleton era bissexual. Eagleton disse aos repórteres que o dinheiro extorquido seria entregue à Igreja da Cientologia. Polundniak e Weigand apelaram por todas as vias para o Supremo Tribunal dos E.U.A., clamando que não podiam ter um julgamento justo devido à "publicidade massiva em volta do caso, a que se juntava o sentimento preexistente a favor do Senador Eagleton." O Tribunal recusou o apelo. Weigand alegou que ouvira de uma fonte em terceira-mão que Eagleton havia sido visto "desgrenhado e com a barba por fazer" no "La Terrazza Di Marti" (agora conhecido como LaTeDa) em Key West, Flórida; um

estabelecimento que ela disse ser frequentado por homossexuais. Eagleton declarou que só estivera uma vez em Key West, em 1972, e estava com os seus filhos.

Carreira no Senado

No Senado, Eagleton foi ativo em matérias relacionadas com relações internacionais, serviços secretos, defesa, educação, saúde preventiva, e meio ambiente.[1] Foi instrumental na passagem no Senado da "Lei do Ar Limpo" e da "Lei da Água Limpa", e apadrinhou a emenda à lei que parou o bombardeamento no Camboja e terminou efetivamente com o envolvimento Americano na Guerra do Vietnam.

Carreira Pós-Senado

Em 1987, Eagleton voltou para St. Louis, Missouri como um procurador, comentador político, e professor na Washington University in St. Louis, onde manteve o título de "Professor de Relações Públicas, até à sua morte. Foi sócio de Thompson Coburn na firma de advocacia St. Louis, e foi chefe de uma união de interesses de negócios locais que atraiu a equipa de futebol Los Angeles Rams para St. Louis. Foi autor de três livros de política e deu nome ao 8º Tribunal de Círculo em St. Louis.

Foi honrado com uma estrela no Passeio da Fama de St. Louis.

Em Janeiro de 2001, juntou-se a outros Democratas do Missouri para se opor à nomeação do anterior governador, John Ashcroft para Procurador Geral dos E.U.A. A citação de Eagleton foi evocada como o brado de convocação do debate e entrou para o registo da do Comité Judiciário.

"John Danforth podia ter sido a minha primeira escolha. John Ashcroft podia ter sido a minha última escolha."

Outra aparição recente foi ao lado do candidato Democrata ao Senado Claire McCaskill nas Eleições Gerais dos E.U.A. em 2006; McCaskill venceu Jim Talent.

Eagleton deixou um grupo, "Católicos pela Mudança 2", composto por proeminentes Católicos, que desafiam a oposição dos líderes da Igreja à pesquisa com células-tronco e propõem a 2ª emenda constitucional que poderia proteger alguma pesquisa no Missouri. O grupo enviou uma mensagem por e-mail a companheiros católicos, explicando as razões para a 2ª emenda. A emenda assegura que nenhuma aprovação Federal sobre pesquisa em células-tronco poderia ser aplicada no Missouri. A carta dos "Católicos pela Mudança 2" diz que o grupo sente uma obrigação moral de responder ao que chamam de "desinformação", táticas de assustar e distorcer, usadas pelos oponentes da iniciativa, incluindo a Igreja.

Morte

Thomas Eagleton morreu aos 77 anos de idade, em St. Louis, Missouri, devido a complicações respiratórias e cardíacas.[1]

Referências

  1. a b c d e f g h i j k l m Clymer, Adam (5 de março de 2007). «Thomas F. Eagleton, 77, a Running Mate for 18 Days, Dies (Published 2007)». The New York Times (em inglês). ISSN 0362-4331. Consultado em 2 de fevereiro de 2021 

Ligações externas

  • «Time Magazine» 
  • «Time Magazine» 
  • «History Channel» 
  • Portal da política
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